Por Arley Reis
“Seus frutos são ingeridos tanto in natura como em preparados, como remédio contra a tosse, com ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e de bronquite. Os mesmos frutos são considerados antihelmínticos, sendo que seu sumo tem ainda efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas”.
A descrição do potencial da Bromelia antiacantha, publicada pelo padre pesquisador Raulino Reitz no fascículo da Flora Ilustrada Catarinense “Bromeliáceas e a malária – bromélia endêmica” permanece como estímulo a novos estudos.
O pensamento do padre botânico de que “Todas as plantas são potencialmente úteis” está presente na tese ´Uso e manejo de Caraguatá (Bromelia antiacantha) no Planalto Norte Catarinense: está em curso um processo de domesticação?`, em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC.
O trabalho da bióloga Samantha Filippon com a bromélia nativa da Mata Atlântica é uma continuidade dos estudos iniciados em seu mestrado, orientado no mesmo programa pelo professor Maurício Sedrez dos Reis (e agora com coorientação do professor Nivaldo Peroni). “Esperamos que com o aprofundamento dos estudos etnobotânicos se possa resgatar e caracterizar junto à comunidade local as formas de manejo da espécie”, explica Samantha.
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