Hungria destrói todas as plantações da Monsanto

Propane-Field-Burning-290x290A Hungria deu uma machadada no tronco infectado da gigante Monsanto e as suas modificações genéticas destruindo quase 500 hectares de culturas de milho plantadas com sementes geneticamente modificadas.

De acordo com o o secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar, ao contrário de muitos países europeus (como Portugal) a Hungria é uma nação onde as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas, tomando uma posição semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proíbe as sementes e alimentos geneticamente modificados por pelo menos 10 anos.

Os quase 500 hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam sido plantados há pouco tempo, explica o Ministro Lajos Bognar, o que quer dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser dispersado.

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Semente transgênica invade o semiárido brasileiro

Entrevista especial com Antônio Barbosa

“Hoje, parte da Política Nacional de Sementes nega a semente crioula, negando a identidade das famílias”, lamenta o coordenador da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA.

A seca mais intensa dos últimos 30 anos coloca em pauta temas como a convivência com o semiárido e aponta uma preocupação especial em relação às sementes crioulas características de cada município da região Nordeste. Segundo Antônio Barbosa, em consequência da seca e da falta de uma política pública de incentivo aos agricultores, muitas sementes estão desaparecendo e a recuperação das espécies pode demorar de sete a dez anos. Nesse sentido, as políticas públicas “introduzem novas sementes, quando na verdade deveriam partir de uma lógica de resgate, no sentido de apoiar casas e bancos de sementes familiares, sobretudo comunitários”, informa.

Diante desse cenário, outra preocupação é com o aumento da produção agrícola transgênica no semiárido. “A transgenia tem avançado de forma ilegal, especialmente em algumas culturas específicas, como o feijão”. De acordo com Barbosa, o litoral do Nordeste é o canal de entrada das sementes na região. Na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line, ele esclarece que o “avanço da transgenia não passa necessariamente pelos agricultores. Existe uma distribuição de sementes em pequena escala”. A preocupação, enfatiza, é que “em um período de seca como esse, onde os agricultores perdem suas sementes, haja um avanço das sementes transgênicas”. E dispara: “Se antes nossas sementes não tinham nenhum apoio do Estado, hoje elas são ameaçadas por ele”.

Antônio Barbosa (foto abaixo) é coordenador do programa Uma Terra e Duas Águas, da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual é o conceito de semente crioula adotado pela Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA, e como ela facilita a convivência no o semiárido?

Antônio Barbosa – A ASA e um conjunto de organizações do Brasil têm trabalhado com a perspectiva das sementes crioulas. O semiárido tem várias características. Costumamos dizer que existem vários semiáridos. A Embrapa Semiárido menciona pelo menos 160 tipos de semiáridos. Dentro desse contexto diverso, trabalhamos com a semente crioula, aquela produzida localmente, ou seja, a semente da comunidade de um município. Ela não tem só a ver com o tipo de produção da semente; está associada também à identidade, com a forma como a comunidade a percebe. Portanto, a semente crioula é aquela que a comunidade produz, conhece, sabe qual é o melhor período para plantar e como a semente irá se comportar nas diversas regiões plantadas.

IHU On-Line – Existe uma diversidade de sementes crioulas de acordo com cada região do semiárido?

Antônio Barbosa – Sim. Há uma diversidade grande de sementes crioulas, especialmente na região Amazônica. O Nordeste possivelmente é a região onde se tem a maior variedade de sementes do país, porque 50% das famílias que vivem no meio rural encontra-se nesta região. Elas mantiveram várias características da agricultura tradicional, e por conta disso conseguiram cultivar culturas variadas, como feijão, fava, hortaliças, amendoim e gergelim.

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Projeto em favela carioca ensina a aproveitar alimentos em vez de descartá-los

por Gerardo Lissardy
BBC Mundo no Rio de Janeiro

Um projeto no Morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, está ajudando os moradores locais a evitar o desperdício e a aproveitar melhor o nutriente de seus alimentos.

Iniciativa no Morro da Babilônia dá cursos com receitas de pratos que usam cascas de melancia e de maracujá, talos de brócoli e sementes, entre outros.

A iniciativa Favela Orgânica, fundada pela empregada doméstica Regina Tchelly, ministra oficinas ensinando a usar partes de alimentos muitas vezes consideradas restos – cascas de melancia ou maracujá, talos de brócolis e sementes, por exemplo – para produzir pratos diferentes e nutritivos.

O Favela Orgânica começou no ano passado, com um investimento de cerca de R$ 160.

Hoje, conta com uma equipe de 16 pessoas, que oferecem cursos em diferentes favelas cariocas, cobrando R$ 10 de cada participante.

Um desses cursos será parte da conferência de desenvolvimento sustentável Rio+20, que a ONU realizará em junho no Rio de Janeiro.

Fonte: [ BBC Brasil ]

Ingressando na Rede de Sementes Livres de Patentes

Hoje o blog está sendo muito acessado, tudo porque resolvi lançar no mar das possibilidades da Internet a * ideia * de que precisamos criar uma ** REDE DE SEMENTES CRIOULAS ** , criar uma SEMANA MUNDIAL DE SEMENTES, participar das existentes, fomentar a proteção do conhecimento humano sobre o que a gente pode comer ou não…

Vocês tem noção de quão importante é proteger nossas sementes crioulas?

Basta utilizar garrafas PET, como apresentado na foto. De preferência colocando um rótulo informando quando foram guardadas, de qual planta é etc.

Quem quer ajudar?

A ideia é possibilitar que cada pessoa possa selecionar, no banco de dados do projeto, as espécies que está à procura e/ou as que gostaria de receber. Apresentar também aquelas que possui para troca, venda ou doação.

Os participantes criariam as regras para o funcionamento, os participantes receberiam uma listagem de especies disponíveis e o sistema manteria todos informados sobre como está funcionando.

O que acham?

Acredito que seja a hora de fazer alguma coisa nesse sentido, ir além do que já existe.

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Pesquisa sobre germinação de sementes pode auxiliar comércio de plantas da várzea na Amazônia

Áreas de várzea no Amazonas são periodicamente atingidas pela cheia no Estado (Márcio Silva )

Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá concluíram a análise de cerca de 20 mil sementes de espécies de árvores das florestas de várzea, como parte integrante do estudo “Germinação de Sementes, Emergência e Recrutamento de Plântulas”.

De acordo com a bióloga e doutora Auristela Conserva, as informações analisadas podem auxiliar nas atividades de manejo realizado na Reserva Mamirauá e contribuir para o entendimento da dinâmica das florestas de várzea, que apresentou uma redução de 70% do número de árvores exploradas no período de 1993 a 2000.

Desde 2010, a pesquisa busca identificar características relacionadas ao comportamento de sementes da várzea, como velocidade, frequências de germinação, tipos morfológicos e padrões da fase jovem dos vegetais estudados, denominada como plântula.

No total, oito espécies foram estudadas, entre elas o assacú (Hura crepitans), utilizado como boia para flutuantes, o mulateiro (Calycophyllum spruceanum) e a Piranheira (Piranhea trifoliata), ambos empregadas na construção civil.

Além da utilidade para o manejo praticado na Reserva Mamirauá, os dados sobre germinação estão próximos de se transformar em um protocolo, no caso do mulateiro, a ser oficializado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), conhecido como Regras para Análises de Sementes.

O estudo para o protocolo, realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com Instituto Mamirauá oferece subsídios para a fiscalização do comércio de sementes florestais, que é ainda pouco praticado no Brasil.

Fonte: [ ACRITICA ]

Transgênicos ultrapassam os 80%

Autor: DCI

Rótulo de um produto transgênico
Soja e milho transgênicos atingiram 28,68 milhões de hectares nesta temporada no Brasil, mostra indicador elaborado pela equipe técnica da Expedição Safra Gazeta da Povo. Essa área corresponde a 86% dos 33,36 milhões de hectares dedicados às duas culturas na safra de verão e mostra que a transgenia continua avançando de norte a sul no país.

O milho geneticamente modificado (GM) começou a ser cultivado comercialmente em larga escala em 2009/10 e, na estreia, teve 50% da área. Em três safras, avançou 33 pontos. No mesmo período, a soja GM, que está em sua sexta temporada, ganhou 17 pontos, chegando a 87%. O avanço verificado na safra atual, de 2 e 6 pontos, respectivamente, foi medido a partir de 270 entrevistas realizadas em campo com produtores e especialistas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Cen­­tro-Norte (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) de outubro do ano passado a fevereiro deste ano.

O Brasil se consolida como o segundo país que mais cultiva grãos transgênicos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que dedicam 69 milhões de hectares às sementes GM, conforme o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Biotec­­no­­­ló­­gicas Agrícolas (Isaaa, na si­­gla em inglês). Os 21,59 milhões de hectares da soja GM representam 3,12 vezes a extensão total cultivada com a oleaginosa em Mato Grosso, líder nacional na cul­­tura, e 4,6 vezes o tamanho dessa lavoura no Paraná, segundo colocado. No milho de verão, a área com transgenia é 7,63 vezes maior que a paranaense nesta estação.

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II Feira de Troca de Sementes Tradicionais e Crioulas de São Paulo

II Feira de Troca de Sementes Tradicionais e Crioulas de São Paulo

Dia 16 de setembro, a partir das 10 horas
Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica
Rod. Gastão Dal Farra, km 04
Bairro Demétria – Botucatu – SP

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O homem que plantava árvores

por Jean Giono

Há cerca de 40 anos eu fiz uma longa excursão a pé por montanhas absolutamente desconhecidas por turistas naquela velha região onde os Alpes penetram na Provença.

Esta região é delimitada no sudeste pelo curso médio do Durance, entre Sisteron e Mirabeau, ao norte pelo curso superior do Drome, de sua nascente até o Die, a oeste pelos planos do Condado Venaissin e pelas beiradas do Monte Ventoux. Incluía toda a parte norte do departamento dos Alpes Baixos, o sul de Drome e um pequeno enclave do Vaucluse.

No momento em que iniciei minha longa jornada através desta região desértica, ela consistia em estéreis e monótonas terras, entre 1200 e 1300 metros acima do nível do mar. Nada crescia ali a não ser lavanda silvestre.

Eu estava cruzando esta região na sua parte mais larga e depois de andar por três dias, eu me achei na mais completa desolação. Eu acampei perto do esqueleto de uma vila abandonada. Eu usara o resto da minha água no dia anterior e precisava achar mais. Apesar das casas estarem em ruínas e parecerem um velho ninho de vespas, pensei que deveria haver uma fonte ou um poço por lá. De fato, havia uma fonte, mas estava seca.

As cinco ou seis casas sem telhado, carcomidas pelo sol e pelo vento, e a pequena capela com o campanário destruído, estavam arranjadas como as casas e capelas de aldeias vivas, mas toda a vida desaparecera.

Era um lindo dia de junho cheio de sol, mas nestas terras sem abrigo, o vento soprava com insuportável violência, rosnando nas carcaças das casas como um animal selvagem perturbado durante sua refeição.

Eu precisava levantar meu acampamento. Depois de cinco horas andando, eu ainda não achara água e nada deu-me esperança de achá-la. Tudo era a mesma secura, a mesma vegetaçao lenhosa. Eu pensei ter visto a distância uma silhueta escura. Fui até lá. Era um pastor. Cerca de trinta ovelhas estavam descansando perto dele na terra seca.

Ele me deu de beber de seu cantil e um pouco depois ele me levou para sua cabana de pastor, numa ondulação do platô. Ele retirou sua água – de excelente qualidade – de um poço natural, muito profundo, onde ele instalara uma roldana rudimentar.

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Explosão de melancias preocupa fazendeiros chineses

Fazendeiros no leste da China estão perplexos após melancias de suas plantações terem começado a explodir.

Uma investigação feita pela mídia estatal chinesa revelou que milhares de metros quadrados de plantações estão sendo perdidos por causa do problema.

Um programa da Televisão Central da China atribuiu o problema ao uso excessivo de um produto químico que ajuda a fruta a crescer mais rápido.

Mas especialistas em agricultura não foram capazes de explicar por que frutas que teriam sido cultivadas sem produtos químicos também explodiram.

Eles mencionaram as condições climáticas e o tamanho anormal das frutas como possíveis causas.

Sementes Importadas

De acordo com a agência chinesa de notícias Xinhua, 20 fazendeiros de uma cidadezinha na província de Jiangsu plantaram sementes de melancia importadas do Japão. Dez deles disseram que suas frutas tinham começado a explodir.

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Festa das Sementes Crioulas

A Festa acontece nos próximos dias 19 e 20 de março [de 2011] em Anchieta [SP] com o objetivo principal de expor e promover o intercâmbio de sementes crioulas e de mudas, discutir a importância da biodiversidade e apresentar experiências agroecológicas locais, regionais e nacionais.

Sementes crioulas são sementes oriundas de gerações anteriores, desenvolvidas pelos próprios agricultores. Também são consideradas crioulas aquelas sementes oriundas de melhoramento oficial, mas que se encontram em cultivo e reprodução pelos agricultores há muitos anos.

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