Funções das áreas verdes urbanas.

Áreas verdes cumprem funções ecológicas, sociais, educativas, estéticas e psicológicas e deviam ser prioridade nos planos de ordenamento urbano.

Mais de 80% da população brasileira vive nas cidades. As áreas verdes (que não são só áreas vegetadas) originais de zonas urbanas foram e continuam sendo suprimidas para dar espaço a prédios, casas, estradas e todo tipo de construção. Essas mudanças dos componentes originais da paisagem trazem com elas as alterações do microclima urbano, como o fenômeno das ilhas de calor e ambientais como impermeabilização do solo, mudança na circulação dos ventos, poluição atmosférica, visual e sonora etc. Essa situação é comum em muitos centros urbanos do Brasil.

As áreas verdes urbanas são definidas como qualquer trecho de vegetação de qualquer tipo, rios e lagos e o sistema de espaços livres presentes nas cidades e são importantes componentes do meio urbano, pelo fato de diminuir o efeito das ilhas de calor, melhora a qualidade do ar reduzindo os índices de CO2, retém a água da chuva, previne alagamentos e deslizamentos de terra, etc.
Em relação aos valores de temperatura, podem ser até 5º C mais frescas do que em áreas sem arborização, áreas suburbanas com árvores maduras podem ser 3º C mais frescas do que em áreas sem vegetação e além disso, a água que as plantas movimentam refresca e aumenta a umidade relativa do ar.

As áreas verdes urbanas cumprem ainda mais funções, por exemplo, como local para práticas de lazer e práticas esportivas, práticas educativas extraclasse e programas de educação ambiental, diversificam a paisagem construída e contribuem para o embelezamento da cidade e proporcionam uma sensação de bem-estar. O contato com a natureza relaxa, alivia o estresse e melhora a saúde do indivíduo.

Diante disso tudo, a criação e manutenção de áreas verdes nas cidades deviam ser prioridades nas planos diretores e programas de ordenamento urbano para uma melhor qualidade de vida pra população e para todas formas de vida.

Imersão nos cursos de PDC e Bioconstrução / jan 2020

Há tempos que leio sobre Permacultura e Bioconstrução. Sempre tive curiosidade mas pouco li a respeito e nunca tinha participado de uma imersão assim.

Eis que início de dezembro de 2019 recebo o convite do Daniel Calfa, da Escola de Permacultura, para participar do PDC de verão em Baapendi, MG durante os dias 13 a 23 de janeiro de 2020.

O combinado era chegar uns dias antes do início. Me esvaziei de expectativas, arrumei as malas e parti. A viagem foi tranquila e a chegada quase à noite.

Entrada da Escola de Permacultura (espaço temporário)

No dia seguinte à chegada, fomos conhecer o espaço onde eles estão construindo a sede do projeto. Construções, plantios, experimentos…

Em seguida fomos dar um mergulho numa cachoeira perto dali.

Foi nessa cachu aê que me tornei Aquaman (um dia conto essa história, rs…)

Chegamos no dia 13, iníco das aulas. Na foto, o facilitador pelo Sérgio Pamplona (do Sítio Nós na Teia) e Raisa Moura.

Os dias que se seguiram foram plenamente preenchidos com aulas teóricas e práticas, visitas a campo, análises, estudos, apresentação de perspectivas, integração entre os alunos, danças circulares e muita, mais muita fartura mesmo de refeições vegetarianas (e veganas), preparadas pela equipe coordenada pelos chefs Raul Dotto e Rebeca Martins.

Sempre no início da noite, hora da fogueira…

No meio do curso recebi a notícia de que minha gatinha, a Chispinha, havia morrido. Deu vontade de ir embora mas consegui ficar e foi maravilhoso.

E conseguimos! Chegamos ao final do curso com vontade de abraçar tudo e todos. Saudades já nas despedidas!

A galera do curso no encerramento do PDC

Falar sobre o que foi e está sendo o PDC para mim é, neste momento, muito difícil. O que sei é que voltei diferente. Uma troca de energias muito boa, informações valiosas e experiências reais que me modificaram, percebo, de forma positiva.

Tanto é que acabei ficando para o curso seguinte, de Bioconstrução, com o mestre Cobi Shalev – permacultor, bioconstrutor e pesquisador da área da construção natural. Nascido e criado em Israel, há 10 anos ele reside no centro-oeste goiano, na sua casinha de Adobe, procurando promover a terra como solução e material de construção.

prof. Cobi, à esquerda.
Alguns dos testes e práticas que fizemos ao longo do curso

Fizemos testes estruturais com terra, aprendemos sobre pontos de massa, COB, produção e assentamento de adobes, alicerces, pau-a-pique, taipa de pilão, arcos e domos usando blocos, rebocos naturais, acabamentos e Tadelakt (acabamento marroquino para áreas molhadas).

A galera no encerramento do curso de Bioconstrução

Meus agradecimentos a Daniel Calfa, Maria Clara, Deva Tarot, Joyce Lemos e toda a galera da Escola de Permacultura!

Gratidão imensa!

Anderson Porto
http://www.TudoSobrePlantas.com.br

Como estou me tornando um guardião de sementes

“Sementes são guardiãs das memórias. Sementes são casas de Fartura!!!”
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Raul Sampaio

Foto com sementes de umburana, milho crioulo, tabaco, espinheira-santa, pinheiro, ipê-verde… Resina das mulheres do quilombo Kalunga, mel, pasta de amendoim, óleo de Copaíba…

Trocas e vivências durante a imersão no PDC de Verão 2020, com Sergio Pamplona e Raisa Moura, e no curso de Bioconstrução como Cobi Shalev, na Escola de Permacultura, em Baapendi-MG.

Muito, muito feliz!!! Gratidão! 💚