Cientistas decifram o DNA do cacau crioulo

O genoma de uma variedade de cacau chamada crioulo foi decifrado, o que permitirá reforçar a resistência dessa árvore às doenças e melhorar a qualidade do chocolate, segundo um estudo publicado neste domingo pela Nature Genetics.

O cacau crioulo é uma variedade oriunda de Belize que talvez descenda das primeiras árvores plantadas pelos maias há mais de dois mil anos.

“Um dos principais problemas do cacau é que cerca de 30% da produção se perde por causa das doenças fungicidas”, explica Xavier Argout, um dos autores deste trabalho coordenado pelo Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD, sede na França).

O cacau crioulo, que serve para a fabricação do chocolate fino, não representa mais que 5% da produção mundial, mas “cada vez mais pessoas querem ter acesso a esse tipo de cacau”, enfatizou o cientista.

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Suco de romã pode frear metástase de câncer de próstata

Componentes químicos do suco da romã também poderiam ser usados em outros tipos de câncer
Pesquisadores da Universidade Riverside, da Califórnia, identificaram componentes no suco de romã que podem inibir os movimento de células cancerosas e a metástase do câncer de próstata.

A descoberta, diz Manuela Martins-Green, uma das pesquisadoras, pode ainda ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.

Quando o câncer de próstata reaparece no paciente depois de tratamentos como cirurgia e/ou radiação, geralmente o próximo passo é a supressão do hormônio masculino testosterona, um tratamento que inibe o crescimento das células cancerosas, pois elas precisam do hormônio para crescer.

Mas, com o tempo, o câncer desenvolve formas de resistir também a esse tratamento, se transforma em um câncer muito agressivo e sua metástase ataca a medula óssea, pulmões, nódulos linfáticos e geralmente resulta na morte do paciente.

O laboratório americano aplicou o suco de romã em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório que já eram resistentes à testosterona – quanto mais resistente à testosterona uma célula cancerosa é, maior é a sua tendência à metástase.

Os pesquisadores então descobriram que as células tratadas com o suco de romã que não morreram com o tratamento mostraram uma maior adesão, o que significa que menos células se separavam, e também queda na movimentação dessas células.

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ONG internacional sobre consumo de maconha vai ter sede em Niterói

Uma das maiores ONGs americanas está de malas prontas para o Brasil. Um é diretor e fundador da Brasil Norml, e responsável pela vinda da organização para a cidade

‘Descriminalizar e liberar’. Foto: Divulgação
Uma das maiores ONGs americanas, que luta há 30 anos pela descriminalização e legalização da maconha, está de malas prontas para o Brasil. A Norml vai abrir sua primeira base fora dos Estados Unidos e a cidade escolhida foi Niterói, que será sede da instituição.

O niteroiense Ranieri Guimarães, 48 anos, é diretor e fundador da Brasil Norml, e responsável pela vinda da organização para Niterói.

Escolhi a cidade porque sou daí, onde vivi por muitos anos. Tenho muitos amigos que entendem que a proibição da maconha não é a solução para o problema das drogas. A Norml é uma organização filantrópica e dependemos da burocracia para trazê-la para o Brasil. É bastante complicado, mas esperamos que até, no máximo, fevereiro, a organização esteja estabelecida”, conta Ranieri, que ainda não sabe em que bairro será a sede.

Ranieri mora atualmente em Pacif Grove, na Califórnia, onde tenta abrir a primeira farmácia de cannabis medicinal. Ele está enfrentando problemas com a Prefeitura de lá, que coloca restrições para a abertura do estabelecimento, mesmo sendo a posse, uso e cultivo de maconha, para pacientes com recomendação médica, descriminalizadas desde 1996.

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Medicina Ecológica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Instituto de Pesquisas JBRJ
Rio de Janeiro – O Dr. Alex Botsaris fará uma palestra no dia próximo dia 11 de dezembro (sábado), às 16 horas, sobre seu mais recente livro, Medicina Ecológica – Descubra como cuidar da sua saúde sem sacrificar o planeta, com uma grande ação em favor da medicina complementar e da qualidade de vida. Durante o evento, no setor de Plantas Medicinais do Jardim Botânico do Rio, cada pessoa que adquirir um exemplar do livro levará de graça uma muda de planta medicinal.

A ação busca apresentar a ideia central do livro, de que a sociedade contemporânea depende em excesso de medicamentos sintéticos até para problemas simples de saúde – quando já existem soluções fitoterápicas, menos agressivas e tão eficientes quanto –, e constantemente despreza o “princípio da precaução”, que em medicina se traduz nas ações preventivas de saúde. São posturas que agridem nosso organismo e também o meio ambiente.

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População é orientada a observar qualidade dos medicamentos fitoterápicos

Fitoterápicos são feitos a partir de plantas medicinais e atuam como uma opção terapêutica benéfica / Foto: MDA

Todos os fitoterápicos comercializados no Brasil devem ter registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) .

Segundo boletim divulgado pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e a Anvisa, há perigos em se utilizar medicamentos que não tenham registro. Além de serem ilegais, não há controle sobre qual a composição e origem desses produtos. Por este motivo, não há como garantir segurança e qualidade em seu uso.

De acordo com o boletim, os medicamentos fitoterápicos são feitos a partir de plantas medicinais e atuam como uma opção terapêutica benéfica à população no combate e prevenção de doenças. Mas é preciso estar atento à qualidade desses remédios, mesmo sendo naturais.

A recomendação é que ao comprar um fitoterápico, o consumidor observe se a embalagem possui o número de registro da Anvisa, os dados da empresa (CNPJ, razão social, endereço, etc.) e o número do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Antes de consumi-los, busque orientação de um profissional e siga corretamente as instruções da bula e da rotulagem. Sempre desconfie de medicamentos que prometem curas milagrosas.

Se você encontrar produtos com suspeitas de irregularidades, denuncie à Vigilância Sanitária mais próxima ou através do e-mail: ouvidoria@anvisa.gov.br.

Fonte: [ SECOM – Governo Federal ]

Todos os dias o povo come veneno. Quem são os responsáveis?

Gilvander Moreira, frei Carmelita*

O Brasil se transformou desde 2007, no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. E na última safra as empresas produtoras venderam nada menos do que um bilhão de litros de venenos agrícolas. Isso representa uma média anual de 6 litros por pessoa ou 150 litros por hectare cultivado. Uma vergonha. Um indicador incomparável com a situação de nenhum outro país ou agricultura.

Há um oligopólio de produção por parte de algumas empresas transnacionais que controlam toda a produção e estimulam seu uso, como a Bayer, a Basf, Syngenta, Monsanto, Du Pont, Shell química, etc.

O Brasil possui a terceira maior frota mundial de aviões de pulverização agrícola. Somente esse ano foram treinados 716 novos pilotos. E a pulverização aérea é a mais contaminadora e comprometedora para toda a população.

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Sementes crioulas

Agricultura ecológica preserva mais de vinte variedades de milho, como o vermelho, o roxo e o branco.

Nos últimos 50 anos, a monocultura, a produção em larga escala e a introdução de produtos sintéticos nas plantações alteraram a diversificação agrícola e, consequentemente, a alimentação. Hoje, o trigo, o arroz, o milho e a soja representam 85% do consumo de grãos no mundo. Enquanto isso, há mais de 10 mil espécies de plantas comestíveis, das quais muitas precisam ser resgatadas. No interior do Rio Grande do Sul, agricultores trabalham para garantir a diversidade do milho.

O grão que a maioria das pessoas está acostumada a consumir é um tipo híbrido, resultado do cruzamento de diferentes variedades para aumento da produtividade. Na natureza, porém, existem dezenas de outros tipos, como preto, roxo, vermelho, branco e mesclado. As sementes dessas espécies são denominadas “crioulas”. São nativas e foram conservadas pelos produtores rurais ao longo dos anos.

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Acesso livre à biodiversidade

por Alex Sander Alcântara

SciELO lança portal que disponibiliza obras, artigos e documentos históricos sobre a biodiversidade brasileira (Martin J. Heade/WIkimedia)
Agência FAPESP – O conhecimento produzido no Brasil sobre a sua biodiversidade ganhará mais visibilidade. O motivo é o Portal BHL ScieLO, que disponibiliza com acesso livre milhares de obras, artigos, mapas e documentos históricos sobre a biodiversidade brasileira.

Lançado oficialmente na quarta-feira (1º/12), o serviço é parte do projeto “Digitalização e publicação on-line de uma coleção de obras essenciais em biodiversidade das bibliotecas brasileiras”, conduzido pelo programa SciELO, biblioteca eletrônica virtual de revistas científicas mantida pela FAPESP em convênio com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O projeto conta com a participação do programa Biota-FAPESP, da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação e Informação da FAPESP, do Ministério do Meio Ambiente, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo.

De acordo com Abel Packer, coordenador operacional do programa SciELO, a BHL SciELO possibilitará o fortalecimento da pesquisa científica em biodiversidade.

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A opção pela Fruticultura

por Engº Agrº Valerio Pietro Mondin¹

Frutas Nativas

O Brasil, pelas suas grandes dimensões e variações climáticas, é um grande produtor de frutas. Tem boas condições tanto para produzir frutas de clima tropical, como de clima subtropical e também de clima temperado. Por essas características, pode-se dizer que o país pode dispor de frutas durante todo o ano, com grande diversidade e isso é interessante.

No aspecto alimentar e dietético, a produção e o consumo de frutas é muito importante. Dentro dos critérios aprovados pela Organização Mundial de Saúde – OMS, é recomendável consumir de 3 a 5 porções diárias, ou seja, uma porção a cada refeição. Cabe lembrar, também, que essas porções de frutas, podem ser substituídas por hortaliças.

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