Extrato inibe enzima ligada a reprodução da Leishmania

Por Júlio Bernardes – jubern@usp.br

Duas técnicas foram usadas para obtenção do extrato da semente de pitanga
Na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, pesquisa mostra que o extrato supercrítico da semente de pitanga (obtido com adição de solvente em condições críticas de temperatura e pressão, formando um gás, depois convertido em líquido) inibe a atividade da enzima arginase, associada ao metabolismo e a reprodução da Leishmania amazonensis, protozoário causador da leishmaniose.

As sementes são um resíduo não aproveitado pela indústria de alimentos e correspondem a 31% do peso total da fruta.

O extrato poderá ser utilizado na produção de fármacos contra a leishmaniose, doença que atinge a população de países tropicais e subtropicais.

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Plantas carnívoras da Suécia estão virando vegetarianas

por Bruno Calixto

Foto: Petr Dlouhý / Wikimedia Commons

Um novo estudo, publicado na edição deste mês da revista New Phytologist, chegou a uma conclusão impressionante: uma espécie de planta carnívora da Suécia está virando vegetariana.

Ela não está preocupada com os insetos que come, nem buscando uma dieta mais saudável. A mudança de comportamento é resultado de um ambiente mais poluído.

Os pesquisadores analisaram como que a Drosera rotundifolia, uma planta carnívora comum em áreas pantanosas do norte da Europa, se alimenta.

Parte dos nutrientes a planta retira do solo, mas uma outra parte vem de insetos. O estudo, entretanto, percebeu que essas plantas estão perdendo o interesse nos insetos.

A culpa é do excesso de nitrogênio no solo.

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Coleção ‘Flora Fanerogâmica’ chega ao sétimo volume

Por Karina Toledo

Projeto classifica taxonomicamente todas as espécies de plantas produtoras de flores de São Paulo. Lançamento será dia 6 de junho, no Instituto de Botânica (Gaylussacia brasiliensis/divulgação)

Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores assumiu, há 19 anos, o desafio de mapear e classificar taxonomicamente as mais de 7 mil espécies de plantas produtoras de flores – ou fanerógamas – existentes no Estado de São Paulo. O trabalho já deu origem a seis livros. O sétimo volume da coleção Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo será lançado no dia 6 de junho, no Instituto de Botânica de São Paulo (IBt).

A obra apresenta monografias de 19 famílias, 67 gêneros e 470 espécies vegetais. Destacam-se representantes de grande valor ornamental, como as Araceae, com belos antúrios e filodendros, e as Begoniaceae, das quais fazem parte as begônias.

Também estão incluídas as Musaceae, família da banana, e as Marantaceae, conhecidas por seus caetés com vistosas folhagens e também por ser a família da araruta, farinha usada na alimentação. A maior família do sétimo volume é a das Piperaceae, que inclui as pequenas peperômias e a pariparoba.

“Esta edição contou com a colaboração de 49 especialistas e estudantes de botânica. O maior desafio foi fazer a taxonomia das Marantaceae, pois não havia especialistas nessa família no Brasil”, contou Maria das Graças Lapa Wanderley, pesquisadora do IBt que coordena o projeto e também participou desta monografia.

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Agrovila São Francisco

Mensagem recebida de [ Ágatar Souza ]

Agrovila São Francisco

Precisando de uma ajuda!

Aproveitando o período junino, quando tanta gente vai para o interior gostaria de pedir ajuda para encontrar um casal (ou família pequena) de agricultores para morar e trabalhar na Agrovila São Francisco.

É fundamental que saibam cuidar da terra e pequenos animais.

Estou realmente necessitada!

Grata pela ajuda!

Ágatar Souza
[ Agrovila São Francisco – Facebook ]
[ http://agrovilasaofrancisco.wordpress.com/ ]

Projeto busca uso sustentável de bromélia da Mata Atlântica

Por Arley Reis

“Seus frutos são ingeridos tanto in natura como em preparados, como remédio contra a tosse, com ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e de bronquite. Os mesmos frutos são considerados antihelmínticos, sendo que seu sumo tem ainda efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas”.

A descrição do potencial da Bromelia antiacantha, publicada pelo padre pesquisador Raulino Reitz no fascículo da Flora Ilustrada Catarinense “Bromeliáceas e a malária – bromélia endêmica” permanece como estímulo a novos estudos.

O pensamento do padre botânico de que “Todas as plantas são potencialmente úteis” está presente na tese ´Uso e manejo de Caraguatá (Bromelia antiacantha) no Planalto Norte Catarinense: está em curso um processo de domesticação?`, em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC.

O trabalho da bióloga Samantha Filippon com a bromélia nativa da Mata Atlântica é uma continuidade dos estudos iniciados em seu mestrado, orientado no mesmo programa pelo professor Maurício Sedrez dos Reis (e agora com coorientação do professor Nivaldo Peroni). “Esperamos que com o aprofundamento dos estudos etnobotânicos se possa resgatar e caracterizar junto à comunidade local as formas de manejo da espécie”, explica Samantha.

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Projeto em favela carioca ensina a aproveitar alimentos em vez de descartá-los

por Gerardo Lissardy
BBC Mundo no Rio de Janeiro

Um projeto no Morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, está ajudando os moradores locais a evitar o desperdício e a aproveitar melhor o nutriente de seus alimentos.

Iniciativa no Morro da Babilônia dá cursos com receitas de pratos que usam cascas de melancia e de maracujá, talos de brócoli e sementes, entre outros.

A iniciativa Favela Orgânica, fundada pela empregada doméstica Regina Tchelly, ministra oficinas ensinando a usar partes de alimentos muitas vezes consideradas restos – cascas de melancia ou maracujá, talos de brócolis e sementes, por exemplo – para produzir pratos diferentes e nutritivos.

O Favela Orgânica começou no ano passado, com um investimento de cerca de R$ 160.

Hoje, conta com uma equipe de 16 pessoas, que oferecem cursos em diferentes favelas cariocas, cobrando R$ 10 de cada participante.

Um desses cursos será parte da conferência de desenvolvimento sustentável Rio+20, que a ONU realizará em junho no Rio de Janeiro.

Fonte: [ BBC Brasil ]