O que sabemos hoje sobre Cannabis Medicinal

[01/07/2019] Estou um tanto cansado, ainda sob efeito de tantas informações precisas, contundentes e dissipadoras de quaisquer dúvidas que porventura ainda pudessem existir em meu ser. O seminário foi proveitoso e maravilhoso em todos os sentidos.

Anderson Porto, do Tudo Sobre Plantas

Hoje tenho a certeza completa de que essa planta chamada de [ Cannabis sativa ] merece ocupar o seu devido espaço na cultura mundial dos povos.

É uma medicina que atende uma demanda de qualidade crescente, finalmente entendi porque o extrato integral é mais eficaz que qualquer canabinoide isolado, mais estudos trarão a personalização tanto do tratamento como dos teores de cannabinoides e, muito em breve, todos nós poderemos usufruir livremente de seus benefícios, seja plantando para o próprio consumo, seja via associações, seja via comunidades de produtores, seja via produção industrial. Com efeitos psicoativos ou sem.

A luta AGORA é pelo acesso justo, pois as qualidades medicinais estão cientificamente (com)provadas.

Eis algumas doenças que podem ser tratadas com os canabinoides da maconha: dor (dores crônicas), ansiedade, angustia, dispneia, insônia, depressão, náuseas, solidão, autismo, alzheimer, TDAH, esclerose múltipla, fibromialgia, epilepsia, anorexia, câncer, parkinson, glaucoma, diabetes…

Meu conselho, portanto, é: pesquise, informe-se, procure saber se você tem alguma doença tratável com Cannabis Medicinal.

Eis algumas informações que é bom saber:

Continue Lendo “O que sabemos hoje sobre Cannabis Medicinal”

Uso crônico de óleo rico em THC pode trazer riscos pra Saúde?

river

ME PERGUNTARAM SE O USO CRONICO DE ÓLEO RICO EM THC PODE TRAZER RISCOS PRA SAÚDE.
__
Paulo Fleury Teixeira*

Em primeiro lugar essa pergunta da forma como foi feita, por honestidade, deve ter uma só resposta: Sim.
Mas essa resposta seria a mesma se vc me perguntasse: o uso do óleo de CBD pode trazer efeitos negativos…? Sim
O uso da melatonina, pode? sim
O uso da vitamina C? Sim
O uso de…? Sim

Então a pergunta não deve ser essa pq ela não discrimina nada, pois, por princípio tudo na vida traz riscos e ao fim sabemos q a vida termina inexoravelmente na morte.

A pergunta mais esclarecedora seria então: quais seriam esses riscos e qual a sua frequencia, a sua incidência? Em geral as info não estão completamente disponíveis e então temos estimativas mais ou menos precisas disso.

No caso dos produtos com alto teor de thc, maconha, haxixe, óleos etc. quais seriam os riscos de longo prazo?

o q registramos é justo o contrário, em geral ocorre (grande) melhora no seu desempenho / desenvolvimento.

A primeira coisa q nos tranquiliza, sobretudo, é q não existem riscos organicos comprovados, ou seja nao existe doença ou evento (tipo infarto, avc, trombose, etc) q esteja comprovadamente relacionada/o ao uso de maconha e seus extratos.

Em nenhum sistema do nosso corpo: digestivo, cardiovascular, respiratorio, hepático, metabolico, respiratório, cancer etc… Isso é importantíssimo, qto mais qdo comparamos com os riscos e efeitos colaterais frequentes dos medicamentos q a maconha, ou o oleo rico em thc ou em cbd, pode substituir.

Os riscos estariam entao confinados ao campo psicossocial. Os riscos seriam de:

1. alterações psicquicas negativas (crises etc). Esses riscos existem e são presentes de várias formas e intensidades, na minha experiencia, seja no uso de cbd ou de thc.

Qual é o % em q eles aparecem? É dificil de estimar, mas com os dados q tenho dos ptes autistas é algo em torno de 10% dos casos q tem essas reaçoes. Mtas vezes ligadas à associação com uso de medicamentos neuropsi ou retirada desses medicamentos. E o q é mais importante e fundamental, essas crises são, em grande parte das vezes controláveis e o tto pode e deve continuar com benefícios pro paciente. Sobretudo com a retirada controlada dos outros medicamentos.

2. Perda de desempenho seja escolar ou no trabalho ou na vida social. Alega-se q o consumo intensivo de maconha está associado a alterações psicocomportamentais q resultam em perda do desempenho. Por exemplo, falta de vontade, disturbios de memória e cognitivos. Qual é o risco estimado disso ocorrer?

Não está claro e , o q é mais importante para nós, curiosamente esses problemas não tem sido identificados na literatura sobre o uso medicinal (não q eu saiba) e, em nossos pacientes crianças e adolescentes, por exemplo epiléticos e autistas, o q registramos é justo o contrário, em geral ocorre (grande) melhora no seu desempenho / desenvolvimento, seja com o uso de cbd ou, como é a maioria dos meus pacientes, com o uso de thc.

__
* Paulo Fleury Teixeira​ é médico, pioneiro na pesquisa sobre o uso da Cannabis no Brasil e recentemente apresentou ao público os resultados do seu tratamento experimental para tratar de sinais, sintomas e distúrbios associados ao autismo.

foto: Shutterstock/Tatevosian Yana

+ infos: Uso do óleo da Cannabis gera resultados satisfatórios no tratamento do autismo

 

A maconha pode salvar o nosso mundo

maconha

A maconha é a única planta que pode salvar o planeta. Não é questão de fazer os mesmos produtos que outras matérias primas. Ela faz produtos de melhor qualidade e mais ecológicos.

Atualmente é proibido cultivar cânhamo no Brasil, o que é um grande prejuízo. O nosso Nordeste tem condições perfeitas para essa prática, com seu clima seco e sol abundante. Desmatamento de florestas, queima de combustíveis fósseis, pulverização de grandes quantidades de pesticidas, entre outros malefícios ao meio ambiente poderiam ser evitados a partir da produção de maconha para uso industrial.

Só para esclarecer, o produto é o cânhamo (hemp) e não a maconha de consumo recreativo ou medicinal de efeito psicoativo. O hemp não da brisa, pois não tem quantidades suficientes de THC para isso. Se você o fumar provavelmente só acabará com dor de cabeça e muita tosse.

Por conta de sua aparência semelhante à maconha tradicional, preconceito, proibição e muita ignorância, o cânhamo continua proibido no Brasil. Mas a informação ainda não está proibida, apesar de tentarem. Então aqui vão algumas maneiras de como o cânhamo pode nos ajudar.

 

Papel

O hemp se regenera em questão de meses e cresce muito rápido, o que é um ótima solução para a fabricação de papel. Ao contrário do eucalipto (árvore que pode levar mais de 30 anos para estar pronta para colheita), o cânhamo está pronto para ser usado em cerca de 4 meses. Um campo de cânhamo fornece a mesma quantidade de polpa que quatro campos de árvores.

Continue Lendo “A maconha pode salvar o nosso mundo”

Pesquisadora explica como o THC mata células cancerosas

Pesquisadora explica como o THC mata células cancerosas

HIGH TIMES – 19/02/2014

Transcrição do vídeo traduzida para o português

“Meu nome é Cristina Sanchéz e eu trabalho na Universidade Complutense de Madri, na Espanha. Eu tenho trabalhado na última década estudando os efeitos antitumorais dos canabinóides.

No início dos anos 60, o pesquisador israelense Raphael Mechoulam caracterizou o componente da maconha responsável pelos seus efeitos psicoativos, o THC. Após a descoberta deste composto, tornou-se óbvio que o THC deveria agir sobre as células ou sobre o organismo através de um mecanismo molecular. Nos anos 80, dois receptores específicos para o THC foram descobertos, denominados receptores canabinóides.

Após a descoberta destes receptores, tornou-se óbvio que nosso corpo sintetiza algo, endogenamente, que se liga a eles. Há poucos anos atrás, alguns destes compostos endógenos foram identificados e foram chamados de endocanabinóides, porque são produzidos endogenamente, dentro de nossos corpos. Estes compostos, os endocanabinóides, juntamente com os receptores canabinóides, são chamados de sistema endocanabinóide, e hoje nós sabemos que este sistema regula várias funções biológicas, como o apetite, comportamento motor, a reprodução e muitas outras funções biológicas, e é por isto que a maconha possui amplo potencial terapêutico.

Nós começamos a trabalhar neste projeto há 12-15 anos atrás. Nós observamos que quando tratamos células tumorais com canabinóides, como o THC, o principal componente psicoativo da Cannabis, nós matamos estas células, então, nós nos deparamos com uma resposta antitumoral. Assim, nós decidimos analisar os canabinóides em modelos animais para o câncer de mama e cérebro. Os resultados que nós obtivemos dizem que os canabinóides podem ser úteis no tratamento do câncer de cérebro e mama.

Nós começamos a desenvolver experimentos em modelos animais para tumores cerebrais (glioblastomas) e nós observamos que os canabinóides são potentes na diminuição do crescimento destes tumores, ocorre morte de células tumorais de diferentes formas e, após a administração dos canabinóides, elas entram em declínio, cometendo suicídio (apoptose), que é algo que você realmente quer quando você tem um tumor.

Uma das vantagens no tratamento do câncer com canabinóides é que eles atacam especificamente as células tumorais. Eles não têm nenhum efeito tóxico nas células normais saudáveis, e esta é uma grande vantagem em relação ao tratamento padrão com quimioterápicos, que atacam basicamente todas as células.

Quando nós começamos a verificar estas propriedades antitumorais nas células cancerosas, nós resolvemos desenvolver estudos metabólicos focando no câncer.

Nos EUA, Cannabis é uma substância classificada no anexo 1 (substâncias sem aplicação médica), e está muito claro, o que é reconhecido por muitos outros pesquisadores, que a planta possui potencial terapêutico. Nós estamos em contato com médicos, oncologistas espanhóis, especialistas em tumores cerebrais e de mama, com o objetivo de testar canabinóides em pacientes humanos.

A maconha, além do THC, produz canabidiol. Este composto é muito especial porque ele não é psicoativo e tem demonstrado uma forte ação antioxidante, protege o cérebro do estresse e de danos, mata células cancerosas e, combinado com o THC, possui efeitos sinérgicos, o que significa que os efeitos benéficos do THC são potencializados.

Neste momento nós temos evidências clínicas suficientes para embasar a ideia de que os canabinóides possuem efeitos antitumorais.

Cannabis possui enorme potencial medicinal.”

http://www.hightimes.com/read/biologist-explains-how-thc-kills-cancer-cells

Maconha pode impedir que o HIV se espalhe, diz estudo

“Sim, mais uma grande utilidade médica da maconha descoberta. Muitas ainda virão, pois os receptores sobre os quais os componentes da maconha atuam regulam e orquestram praticamente todas as funções fisiológicas do organismo. Inclusive a multiplicação e a ativação de celular do sistema imune. Além disso, há indícios de ação antiviral. Lester Grisnspoon, famoso médico de Harvard, especialista no uso medicinal da maconha, afirmou corretamente que a maconha terá (e esta tendo) um impacto tão importante ou maior que o da penicilina.” – Renato Malcher

Estudo realizado pela Louisiana State University diz que o THC pode impedir que o HIV se espalhe e que ajuda no aumento de células saudáveis

Por Redação

Estudo diz que maconha pode ajudar na produção de células saudáveis frente ao HIV
Estudo diz que maconha pode ajudar na produção de células saudáveis frente ao HIV
Uma pesquisa da Louisiana State University com macacos aponto para o aumento de células sadias com o uso da maconha. Já faz algum tempo que o uso da erva é utilizado como tratamento terapêutico contra alguns sintomas da Aids, por exemplo, dores e perda do peso. Porém, esta pesquisa também descobriu que cannabis pode ser útil para impedir que a doença se espalhe.

Os cientistas aplicaram durante 17 meses doses diárias de THC (substância ativa da maconha) em macacos infectados por uma versão animal do HIV. Durante o período, os pesquisadores observaram que os prejuízos ao sistema imunológico dos estômagos dos animais, área que costuma ser a mais afetada, tiveram os seus danos reduzidos.

Ao Huffington Post, a coordenadora da pesquisa, Dra. Patrícia Molina, disse que “estes resultados revelam novos mecanismos que podem contribuir potencialmente para o controle da doença por meio da cannabis”. Molina também explicou que enquanto o vírus HIV ganha força se espalhando por meio de infecções que matam as células, os macacos que receberam doses de THC mantiveram altas taxas saudáveis durante o tratamento.

Pesquisas anteriores também concluíram que macacos infectados pelo HIV e tratados com THC sobreviveram mais tempo. Em 2012, outro estudo apontou que a maconha possui substâncias que podem ser efetivas na luta contra o HIV. No Califórnia Pacific Medical Center, em São Francisco (EUA), cientistas alegaram que os componentes da maconha também podem ser úteis para tratar formas agressivas de câncer.

Fonte: [ Revista Forum ]

O mito de que a maconha não é mais uma droga leve

Maconha não é mais uma droga leve.

Essa é a novidade na argumentação sobre os motivos de manterem a erva ilegal. Falam que, com o passar dos anos, e o desenvolvimento genético, a planta que tinha 4% de THC virou um monstro, podendo chegar até 20% desse químico terrível.

Então, corram para as montanhas!

Sim, parece piada mas, novamente, esse é o tipo de factoide lançado por quem não entende absolutamente nada de maconha. Não vou mentir: a erva realmente ficou mais forte. Isso é uma certeza.

Tudo começou nos Estados Unidos, ainda na década de 70, quando os hippies começaram a misturar genéticas afim de melhorar a potência e a qualidade do fumo. O estágio final dessa evolução foi dada pelos Holandeses, quando introduziram técnicas de cultivo indoor, juntamente com hidroponia, para obterem melhores resultados com as genéticas já existentes.

O que ninguém fala, ou fala pouco, ou prefere esquecer-se, é que a concentração da droga também exerce mudança na forma de consumo da maconha. Isso você observa no próprio álcool. É comum pessoas beberem uma garrafa de cerveja mas quando o produto é tequila, contamos o quanto ingerimos em doses.

Assim, o baseado dos anos setenta, que era uma vela, passou a ser menor, mais comedido. Claro, não posso deixar de falar que existem cabeções que fumam um “beck” gigante de skunk e ficam retardados. Isso faz parte. Mas vamos ser sinceros. Qual o efeito colateral desse baseadão sem noção? Uma dormida gostosa, depois de umas boas risadas e um ataque a geladeira? E o que acontece quando alguém bebe uma garrafa de Tequila?

Avançando no tema. Não preciso ir muito longe para embasar minha explicação. O homem convive com altas concentrações de THC a centenas de anos.

Para evitar que o careta mais próximo diga que estou me desmentindo, afirmando que eu mesmo, nesse texto, expliquei como a maconha evoluiu de 5% para 20%, vou ser curto e grosso. O consumo de haxixe é quase tão antigo quanto o uso da própria maconha.

O hash, para os mais íntimos, nada mais é do que a resina das flores da planta. A concentração do princípio ativo, nessa poderosa substância, é muito maior do que os 5% apresentados pelos “entendidos” quando falam da maconha do passado.

Quer dizer que a humanidade convive com concentrações de THC maiores do que 15% a algumas centenas de anos? Sim.

Chega a ser engraçado, então, que se apresente fatos tão horripilantes contra a maconha moderna, baseado em um argumento tão frágil. O problema é que quando falam isso para a minha mãe, que não entende bulhufas, ela fica assustada.

E esse é o ponto que eu venho martelando. O objetivo dos proibicionistas, hoje, não é mais discutir. Nenhum deles quer resolver o problema. O que eles querem é criar factoides, assustar a população, e desviar o foco do debate. Muito bem, poderia acabar o texto aqui mas não vou. Quero colocar mais alguns fatos ainda dentro desse mesmo tema.

Quando vim para a Europa pela primeira vez, em 1998, uma das coisas que mais me impressionou era o fato de que as pessoas não fumavam maconha pura. No Brasil, era inconcebível misturar a erva com tabaco. Além de estragar o gosto, o barato que dava nos não fumantes, era alterado por uma sensação estranha causada pela nicotina.

Outro detalhe interessante, que era ainda mais acentuado em países como Espanha e Portugal, era o consumo em larga escala do haxixe, algo, mesmo hoje, muito raro no Brasil. Pelo estreito de Gibraltar, passavam e continua passando, toneladas de haxixe da mais pura qualidade. É o famoso Marroquino, vindo do país de mesmo nome e com a maior plantação de cannabis do mundo. O haxixe lá é uma cultura milenar e a potência é conhecida no mundo todo. Um bom haxixe Marroquino tem entre 15% e 25% de THC e ele é um produto de fácil acesso na península Ibérica desde que Tariq ibn-Ziyad, invadiu a região. O fumo, então, por ser muito mais forte, sempre foi misturado com tabaco. Um clássico exemplo de como a potência do produto, afeta a forma com que culturalmente se consome a maconha.

E não me venha você dizer que o motivo para se fumar haxixe com tabaco seja o fato de ele queimar melhor. Isso é uma verdade. Mas não esqueçamos que o consumo de haxixe é ainda mais gostoso quando degustado em um cachimbo. Os Shaivas, devotos de Shiva, por exemplo, fumam a resina em um chilum, pura. Coloquei esse último exemplo apenas para me distanciar um pouco da tradição árabe e provar que não tem novidade nenhuma em consumir altas concentrações de THC, mesmo em outras culturas do planeta.

Então, para finalizar, concluo que esse argumento notável e novo dos proibicionistas já está desatualizado em pelo menos uns 1900 anos. Sim, a evidência mais antiga de uso da resina da cannabis data do ano 100. Existem provas, na forma de relíquias arqueológica, que já naquela época se fumava haxixe.

Bom, se isso não é suficiente para mudar a opinião de um “assustadinho”, só mesmo esperando pela volta de Jesus. Ai eles podem escutar a verdade da boca do próprio messias.

Fonte: [ Diários do Cannabista ]

Maconha combate diabetes, aponta estudo

marijuana-type2-diabetes-cure-750x500

Usuários regulares demonstraram ter baixos níveis de insulina em jejum, afirma estudo.

Fumar maconha pode prevenir o desenvolvimento de diabetes, uma das doenças crônicas que mais crescem no mundo. Se o estudo for comprovado, pode resultar no desenvolvimento de tratamentos baseados no princípio ativo da maconha, o THC.

Os pesquisadores descobriam que os usuários regulares de maconha tinham níveis mais baixos do hormônio insulina em jejum – um bom sinal, que indica que estão protegidos contra diabetes. Eles também apresentaram uma queda na resistência à insulina.

Continue Lendo “Maconha combate diabetes, aponta estudo”

Maconha, esquizofrenia e o paradoxo ético dos psiquiatras que são contra o uso medicinal da maconha

Por Dr. Renato Malcher

Nenhuma pesquisa cientifica JAMAIS demonstrou que o uso de maconha, ocasional ou crônico, possa causar esquizofrenia. Aliás, não se conhece nada que tenha sido cientificamente estabelecido como agente etiológico direto para distúrbios mentais classificáveis como esquizofrenia.

No Brasil este tema vem sendo erroneamente colocado de forma alarmista em grande parte por decorrência de declarações repetidas na grande mídia pelo Dr. Ronaldo Laranjeira, um dos principais representantes de um grupo de psiquiatras e donos de clínicas de reabilitação os quais são contra o uso medicinal da maconha.

Em recorrentes ocasiões, Dr. Laranjeira e seus colegas, de forma artificial e aparentemente deliberada, coloca em oposição os interesses legítimos e não excludentes de grupos totalmente distintos e igualmente merecedores dos cuidados e da atenção de profissionais da saúde e daqueles que detém conhecimento cientifico a respeito das propriedades farmacológicas da maconha e seus derivados.

De um lado, existe uma minoria, menos de 1% da população, que possui predisposição para esquizofrenia, os quais, de fato, podem ser negativamente afetados pelo uso descontrolado da maconha vendida pelo mercado negro.

Do outro, está um número enorme de pessoas, 99% da população, que podem se beneficiar das propriedades terapêuticas da maconha, incluindo inúmeras pessoas que já padecem de sofrimentos severos para os quais não existe disponíveis remédios tão eficientes quanto a maconha e seus derivados – conforme ampla e inequivocamente constatado pela ciência.

É contra estes últimos, e não a favor dos primeiros, que funciona a postura alarmista que se baseia na falácia de que maconha causa esquizofrenia para impedir seu uso medicinal.

Continue Lendo “Maconha, esquizofrenia e o paradoxo ético dos psiquiatras que são contra o uso medicinal da maconha”

O ingrediente ativo da maconha reduz o crescimento do tumor no câncer de pulmão, diz pesquisa de Harvard

O ingrediente ativo da maconha reduz o crescimento do tumor no câncer de pulmão comum pela metade e reduz significativamente a capacidade do câncer se espalhar, dizem pesquisadores da Universidade de Harvard que testaram a substância química em ambos os estudos de laboratório com ratos.

Eles dizem que este é o primeiro conjunto de experimentos para mostrar que o composto, Delta-tetrahidrocanabinol (THC), inibe a EGF-induzida crescimento e migração no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) expressando não-pequenas células do pulmão linhagens de células cancerosas. Cânceres de pulmão que o excesso de expressar EGFR são geralmente muito agressivos e resistentes à quimioterapia.

O THC, que tem como alvo receptores canabinóides CB1 e CB2, é semelhante em função aos endocanabinóides, que são os canabinóides produzidos naturalmente no corpo e que ativam esses receptores. Os pesquisadores sugerem que os agentes designer de THC ou outros que ativam esses receptores pode ser usado de forma orientada para o tratamento de câncer de pulmão.

“A beleza deste estudo é que nós estamos mostrando que uma substância de abuso, se usado com prudência, pode oferecer um novo caminho para a terapia contra o câncer de pulmão”, disse Anju Preet, Ph.D., pesquisador da Divisão de Medicina Experimental.

Continue Lendo “O ingrediente ativo da maconha reduz o crescimento do tumor no câncer de pulmão, diz pesquisa de Harvard”

Cientistas mapearam o genoma da maconha

Pesquisadores conseguiram mapear todo o genoma de uma das drogas mais utilizadas no mundo: a maconha.

Uma equipe do Canadá seqüenciou completamente o DNA da Cannabis sativa, a planta que dá origem a droga mais utilizada no mundo, especialmente entre os adolescentes. Na pesquisa, os cientistas puderam identificar as modificações que a planta sofreu que a levaram a obter características específicas para ser utilizada como droga.

Aparentemente, apenas um gene simples é responsável pela mudança metabólica que levou a planta a produzir o THCA (ácido tetrahidrocanabinólico) um precursor do THC (tetrahidrocanabinol) que é o princípio ativo que causa os efeitos buscados por quem consome a planta, afirma o professor de biologia da Universidade de Saskatchewan, Jon Page.

Continue Lendo “Cientistas mapearam o genoma da maconha”