Informações importantes sobre BOLDOS

Um dos remédios mais utilizados antes e depois de festas e confraternizações é o famoso “boldo”. Só que esse nome popular é dado a diversas plantas diferentes, com propriedades medicinais similares porém efeitos colaterais diferentes.

A espécie [foto1] que cresce em quintais por todo o Brasil é a chamada Plectranthus barbatus.

[foto1] “Boldo”, “falso-boldo” (Plectranthus barbatus)

Conhecida pelos boêmios (para curar ressaca e mal estar) a planta provavelmente foi trazida pelos escravos no período colonial, e é utilizada comumente na medicina popular.

É rica em guaieno e fenchona, substâncias responsáveis pelo aroma da planta.

Suas folhas verdes e aveludadas com margens serradas são utilizadas em chás geralmente feitos da maceração das folhas frescas. Serve como um tônico amargo que facilita o trabalho da vesícula biliar, estimulando a secreção da bílis e favorecendo a digestão de gorduras.

Um chá comum é do tipo abafado (infuso), feito com 3 a 4 folhas e água quente, em xícara média. Tomado por muito tempo pode provocar irritação gástrica.[3,4]


Um “boldo” ainda pouco conhecido [foto2] mas com excelentes propriedades medicinais é o “boldo-africano” (Gymnanthemum amygdalinum).

[foto2] “Boldo”, “boldo-africano” (Gymnanthemum amygdalinum)

É um pequeno arbusto empregado na medicina popular como antipirético, laxativo, antimalárico e anti-helmíntico. Além disso, estudos mostram que diferentes extratos do vegetal possuem atividades antioxidante, antimicrobiana e antiparasitária (DUARTE & SILVA, 2013).[2]

Normalmente se utiliza para combater dor de estômago, fígado e náuseas. O sabor do chá é bem mais suave que outros boldos.


Já o “boldo-do-chile” utilizado em chás pela indústria é o Peumus boldus.

“Boldo”, “boldo-do-chile” (Peumus boldus)

É uma árvore que pode atingir 15 metros de altura e só cresce bem em regiões altiplanas, de frio. As propriedades fitoterápicas de suas folhas eram conhecidas das comunidades indígenas sul-americanas que habitavam os Andes chilenos, tornando-se conhecidas mundialmente a partir da colonização européia da América.

Este “boldo”, tomado antes das refeições, ajuda na digestão e nas funções do aparelho digestor. É ótimo para quem tem intestino preso e ajuda a digerir gorduras. As folhas tem boldina, um alcaloide, principal responsável pelas suas propriedades hepatoprotetoras e coleréticas.

Importante ⚠️

Peumus boldus deve ser evitada por que tem problemas inflamatórios nas vias biliares e no pâncreas, cálculos biliares ou hepatite. O seu uso é contra indicado nos casos de gestação, pois o boldo pode gerar problemas na formação do bebê, principalmente nos primeiros três meses.[5]

É bom saber também que as plantas amargas não são indicadas para tratar problemas gástricos (estômago) pois em geral aumentam as secreções ácidas do estômago, podendo portanto agravar gastrites e úlceras pépticas previamente existentes.[4]

Fontes consultadas:

Congresso dos EUA legaliza cultivo industrial do cânhamo

Plantação de “hemp” / cânhamo – Foto: autor desconhecido.

Washington, 13 dez 2018 (AFP) – O Congresso dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira a legalização do cultivo de cânhamo em grande escala e sua eliminação de uma lista de substâncias controladas.

“Esse é o ponto culminante de muito trabalho de muitos de nós aqui em Washington, mas na realidade a vitória é para os produtores, processadores, fabricantes e consumidores que se beneficiarão deste mercado em crescimento”, disse o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell.

A medida “legaliza o cânhamo como um produto agrícola” e o remove da lista de substâncias controladas, enquanto permite que os pesquisadores solicitem subsídios federais e tornem o cânhamo elegível para o seguro de cultivos, explicou McConnell.

A medida foi apoiada por republicanos e democratas, que argumentaram que se trata de uma oportunidade para os agricultores americanos.

O projeto de lei foi adotado pela maioria na Câmara de Representantes por 369 contra 47, depois de ser aprovado com folga no Senado (87-13) no dia anterior.

Para entrar em vigor, a lei ainda precisa ser sancionada pelo presidente Donald Trump.

Fonte: economia.uol.com.br