Por Miguel Bustillo e Salomon Moore, de Boma, Sudao do Sul
Tim Schilling marchava através da selva africana seguindo uma nativa chamada Nyameron.
Uma espécie de Indiana Jones do café, Schilling, de 59 anos, estava em busca de um tesouro perdido: versões selvagens de “Coffea arabica”, os grãos cheirosos usados para o cafezinho de todo dia.
O agrônomo da Universidade Texas A&M dirige a World Coffee Research, uma organização sem fins lucrativos financiada por companhias e instituições de vários países, entre elas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.
Empresas e cientistas precisam de novas espécies para ampliar a pequena diversidade de genes do café mundial, a fim de proteger os cafeeiros contra possíveis epidemias e expandir as áreas onde os cobiçados grãos possam ser cultivados. Mas, depois de quatro dias cruzando este platô a oeste da Etiópia, sua expedição de 15 membros — que incluiu um taxonomista de café, um executivo da torrefação americana Green Mountain Coffee Roasters Inc., estudantes de agronomia e ajudantes contratados — ainda não havia achado nenhum espécime que parecesse novo.
Empresas estão se voltando à exploração para assegurar suprimentos futuros de café porque a produção parou de crescer e a demanda cada vez mais forte em países que estão crescendo, como o Brasil, já fez o preço dos grãos de café quadruplicar desde 2001.
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