Passado, presente e futuro do cultivo de Seringueira no Acre (II)

por Evandro José Linhares Ferreira (1) & Raimundo Barros Lima (2)

Em 2010 a produção brasileira representou apenas 30% das 430 mil toneladas de borracha natural consumidas pelo mercado nacional.

Segundo o Ministério da Agricultura, até 2030 a demanda interna saltará para cerca de um milhão de toneladas por ano.

Diante da forte perspectiva de aumento no consumo e buscando diminuir a dependência das importações, o Governo Federal criou, para a safra 2010/2011, o Programa de Agricultura de Baixo Carbono, que conta com uma linha de crédito de R$ 2 bilhões, no qual o cultivo de seringueiras tem lugar destacado por seu longo ciclo de produção.

Os investimentos no aumento da produção nacional de borracha natural estão, portanto, solidamente calcados em um sincero interesse por parte do governo, que busca a auto-suficiência na produção nacional, e em uma demanda real por parte do mercado.

E são muitas as vantagens advindas da sonhada auto-suficiência na produção de borracha no país: geração de emprego, renda e incremento na arrecadação de impostos nos estados produtores, além da economia de valiosas divisas usadas para pagar a importação de borracha de países asiáticos, que monopolizam a produção e o comércio internacional de borracha.

Em 2010 o Brasil importou US$ 790 milhões, valor que poderá ultrapassar os US$ 2,16 bilhões em 2020 se for mantido o ritmo de crescimento do consumo interno e os preços médios de importação observados em janeiro de 2011.

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